sábado, 22 de setembro de 2007

O tratamento dado aos rejeitos radioativos


Um dos principais argumentos utilizados pelos defensores das usinas nucleares é o seu baixo nível de poluição do ambiente. Segundo eles, a usina nuclear seria capaz de produzir energia elétrica "limpa". Porém, os que defendem o meio ambiente tem outra opinião sobre o assunto, o Greenpeace, por exemplo, acredita que os testes já realizados envolvendo o destino do lixo nuclear são insatisfatórios e que testes confiáveis demorariam muito tempo.

Os rejeitos produzidos em Angra 1 e 2 podem ser classificados em três níveis de radioatividade: alta, média e baixa. No Brasil ainda não há um lugar definitivo para o lixo nuclear, ficando em depósitos intermediários.

O destino dos rejeitos de baixa e média radioatividade são dois galpões de concreto construídos dentro de rochas, ao lado da usina. Nestes galpões ficam armazenados tambores que, ou contém botas, macacões e outras roupas contaminadas. utilizadas por trabalhadores(rejeitos de baixa radioatividade) ou peças de metal do reator e resíduos químicos (rejeitos de média radioatividade). Estes rejeitos devem ficar armazenados por no máximo três anos e podem até ser reutilizados.

O rejeito de alta radioatividade é formado pelo elemento combustível já irradiado dentro do reator. Estes rejeitos tem uma vida alta, podendo chegar a dezenas de milhares de anos, o que torna a questão sobre o destino a ser dado a ele muito mais importante. Entretanto esse material também pode ser reutilizado. Normalmente, ele é retirado do reator com apenas 15% de sua capacidade utilizada. O local de estocagem dos rejeitos de alta radioatividade de Angra são as suas piscinas. Para a usina de Angra 2 foi construída uma piscina dentro do reator (diferente da de Angra 1, que fica fora) com capacidade para armazenar os rejeitos produzidos por metade de sua vida útil, 20 anos. A piscina de Angra 1 pode armazenar os resíduos de seus 40 anos de atividade previstos. Ambas mantêm os resíduos submersos a mais de dez metros de profundidade, utilizando a água como blindagem.

Os ambientalistas questionam as soluções propostas pelas centrais nucleares. Segundo eles, poderia haver contaminações do ar causadas por explosões ou vazamento contínuo de gases, ou contaminações da água, causadas por vazamento do invólucro que armazena o rejeito e que poderia atingir um lençol freático.

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